julho 04, 2016

[Carreira] LGBT no trabalho

Apesar de atualmente a maioria das grandes empresas promover o discurso de inclusão no mercado de trabalho, ainda é comum conviver com o preconceito no ambiente profissional, incluindo preconceito de sexo, orientação sexual e cor de pele.

O site da ONG Catalyst tem algumas estatísticas interessantes sobre como a população LGBT se relaciona com o mercado de trabalho. Estas estatísticas mostram claramente que o medo de discriminação mantém os empregados LGBT enrustidos no ambiente de trabalho, escondendo a dua verdadeira orientação sexual. Vou resumir as principais destas estatísticas:
  • Em geral, cerca de 1% da população é formado por gays e lésbicas;
  • Apenas 61 países proíbem a discriminação no emprego por causa da orientação sexual;
  • Em toda a Europa, 47% das pessoas LGB sentiram que sofreram discriminação no local de trabalho ou assédio por causa de sua orientação sexual;
  • Na União Européia, 20% das pessoas LGB sentiram que sofreram discriminação na busca por trabalho por causa da sua orientação sexual;
  • Mais da metade dos trabalhadores LGBT escondem a sua orientação sexual no local de trabalho. Além disso...
    • Mais de um terço dos trabalhadores LGBT mentem sobre suas vidas pessoais no trabalho.
    • Quase 2/3 dos empregados LGBT já ouviu piadas sobre lésbicas e gays;
    • Dos funcionários enrustidos, 31% temem perder conexões com colegas de trabalho se a sua condição for revelada;
    • 23% temem que não irão receber oportunidades de desenvolvimento ou progressão na carreira;
    • Quase metade da população transexual disse que não foram contratados, não foram promovidos ou foram demitidos devido à sua identidade de gênero;
    • 90% da população transexual já foi vítima de assédio ou maus-tratos no trabalho, ou tiveram que tomar medidas para evitar isso.
É interessante pensar que estas estatísticas se referem ao mercado de trabalho em geral, mas no caso do mercado de TI, podemos facilmente perceber que o preconceito contra as mulheres e a população LGBT é mais acirrado. Mesmo a existência de grandes profissionais mulheres (como a Ada Lovelace) e gays (como o Tim Cook, o Jon "maddog" e o Alan Turing) não torna a áres de TI menos "machista".

No site da Catalyst está disponível gratuitamente para download um documento curto que é uma ótima referência sobre como as empresas podem construir uma política de diversidade que promova a inclusão e o respeito a todos os funcionários, em especial aos transgêneros - que são a parcela mais frágil dentre todos. O documento fornece os conceitos básicos sobre a identidade de gênero e fornece dicas para a construção de políticas de identidade de gênero.

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