A Polícia Federal prendeu, na manhã do dia 28/5, pelo menos 100 pessoas acusadas de diversos crimes financeiros na Internet ou com o uso dispositivos eletrônicos, como caixas automáticos, cartões de crédito e débito. A Operação Trilha aconteceu em 12 Estados brasileiros, além do Distrito Federal, e conta com a atuação de 691 agentes da Polícia Federal.
De acordo com a Polícia Federal, as investigações foram iniciadas há cerca de um ano e revelaram que integrantes da quadrilha utilizavam programas para capturar senhas bancárias de correntistas de vários bancos. Estes programas eram disseminados por meio de mensagens eletrônicas falsas (phishing). Em outra modalidade de crime, a quadrilha instalava câmeras próximas de caixas automáticos para filmar o usuário digitando sua senha , ao mesmo tempo em que outro dispositivo clonava os dados do cartão (o chamado "chupa-cabra"). De posse dos dados bancários, os criminosos realizavam transferências de valores para contas de "laranjas", compravam produtos pela Internet e realizavam pagamentos de boletos bancários. Segundo a PF, o montante desviado ainda não foi apurado, mas segundo dados apurados, apenas um dos investigados teria supostamente desviado mais de R$ 1 milhão.
A ação é resultado de investigações contra 15 grupos distintos, formados por vários tipos de golpistas, como crackers que furtavam senhas de Internet Banking e faziam transferências ilegais. 139 mandatos de prisão foram emitidos. O Superintendente da Polícia Federal no DF, Disney Rosseti, revelou que foram investigadas mais de 500 pessoas e identificados 1.500 cidadãos comuns que emprestavam nome, conta corrente e cartão de crédito para os criminosos lavarem o dinheiro (normalmente através de pagamento de boletos). "Boa parte do crime seria impossível sem a participação do cidadão comum. Essas pessoas serão indiciadas por formação de quadrilha e furto perante fraude", afirmou.
A sociedade e os usuários de Internet agradecem.
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