O dia 20 de Novembro foi escolhido para celebrar o Dia da Consciência Negra, uma data escolhida pois marca a morte de Zumbi dos Palmares, em 1695. Zumbi é uma figura histórica importante e representa um dos maiores líderes negros do Brasil, que lutou pela libertação do seu povo contra a escravidão.
Portanto, essa é uma data para refletirmos sobre o racismo estrutural existente e a inserção das pessoas negras na nossa sociedade. No nosso caso, devemos aproveitar esse momento para questionarmos aonde estão as pessoas negras no mercado de tecnologia da informação e de segurança!
Mesmo no campo das ciências excatasm em geral, poucas pessoas negras conseguem ganhar destaque. Por exemplo, quantas pessoas negras você conseguiria apontar no campo das áreas exatas, além do cientista Neil deGrasse Tyson?
Mas a história tem vários casos muito interessantes, todos com algo em comum: a dificuldade e perseverança para "furar a bolha" criada pelo racismo estrutural. Por exemplo, em 1945, a curitibana Enedina Alves Marques foi a primeira mulher a se formar em engenharia no estado e a primeira engenheira negra do Brasil, ao conquistar o diploma na Universidade Federal do Paraná.
Segundo uma pesquisa da Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom) divulgada pela Forbes, realizada em 2019 sobre formação educacional e empregabilidade em TIC, apenas 30% da força de trabalho no setor de tecnologia é formada por profissionais negros, pardos ou indígenas (11% mulheres e 19% homens). Considerando que a população negra brasileira representa 56,10% do total, a diferença é muito grande.
Nas startups brasileiras, cerca de um terço (31,2%) sequer possui profissionais negros em seu quadro de colaboradores, enquanto apenas 3,3% dos cargos de Diretoria e Conselho Administrativo são ocupados por negros e 0,8% por negras.
Um levantamento do coletivo Potências Negras, divulgado pelo Valor, identificou que os principais motivos para os negros não terem interesse em estudar na área de Tecnologia incluem não enxergar oportunidades (29%), não dominar o inglês (21%) e o elevado investimento (15%). Além disso, as pessoas negras ganham salário menor: a renda média familiar dos negros é R$ 6.469, enquanto para brancos é R$ 9.728.
A ótima notícia é que existem algumas iniciativas bem legais para apoiar os profissionais negros. Afinal, mais do que uma "modinha", precisamos reparar um erro histórico e promover a redução das desigualdades sociais. Isso, inclusive, faz parte dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU: "empoderar e promover a inclusão social, econômica e política de todos, independentemente da idade, gênero, deficiência, raça, etnia, origem, religião, condição econômica ou outra".
Veja alguns exemplos de iniciativas bem legais:
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- Movimento Black Money
- Comunidades de inovação e/ou tecnologia:
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Na área de exatas, vale lembrar do químico Percy Julian : https://www.youtube.com/watch?v=xu7xjRU_NH8
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