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novembro 27, 2015

[Cyber Cultura] Patinho Feio

Na década de 1970, professores e alunos do Instituto Politécnico da USP (Poli) criaram o primeiro mini computador nacional, batizado de "Patinho Feio". Seu desenvolvimento foi crucial para o surgimento da indústria de informática brasileira.



O Patinho Feio foi desenvolvido nos anos 1971 e 1972 pelo pessoal do Laboratório de Sistemas Digitais (LSD) da Poli, e contava com:
  • Um microcomputador de 8 bits
  • Memória principal de 4 KBytes
  • Interfaces através de fita de papel perfurado, impressora, terminal de vídeo e plotter
  • Programado através da linguagem Assembly
O Patinho Feio ficou pronto em julho de 1972. Ele tinha um metro de comprimento, um metro de altura, 80 centímetros de largura, pesando mais de 100 quilos. Ele possuía 450 pastilhas de circuitos integrados, formando três mil blocos lógicos, distribuídos em 45 placas de circuito impresso.

O Patinho Feio era programado em Assembly, e o programa era carregado no hardware através de fitas de papel perfurado. Os programadores eram obrigados a usar técnicas de programação específicas para conseguir utilizar o pouco poder de processamento e memória disponíveis, e alguns softwares foram desenvolvidos para auxiliar os programadores a criar seus programas para o Patinho Feio.


O nome "Patinho Feio" foi escolhido como uma sátira a um projeto similar, batizado de "Cisne Branco", que estava sendo desenvolvido pela Unicamp a pedido da Marinha, que queria criar um computador nacional. Ao contrário do Patinho Feio, o projeto da Unicamp não foi concluído.



Atualização (07/12)

O Felipe "Juca" Sanches, do Garoa, desenvolveu um emulador para o Patinho Feio utilizando o MAME, após visitar a Poli e conversar com alguns professores que participaram do projeto. Ele, inclusive, já conseguiu recuperar um pequeno peograma que estava gravado em fita de papel e o executou no emulador. Ele disponibilizou alguns materiais sobre o projeto:

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