O portal espanhol de notícias ABC publicou um mapa com os países "inimigos da Internet", baseado em um artigo recente do grupo Repórteres sem Fronteira chamado "Web 2.0 versus Censura 2.0". O mapa-mundi (presente em ambos os sites) mostra os países que impõem algum tipo de censura ou controle sobre o acesso a Internet.
Entre os países "inimigos da Internet", destacam-se aqueles que promovem a censura e o controle da liberdade de expressão online, como Myanmar, China, Cuba, Egito, Iran, Coréia do Norte, Arábia Saudita, Síria, Tunízia, Vietnan, Turkmenistão e o Uzbekistão. Estes países limitam o acesso de seus cidadãos a Internet, seja através de filtros (controles) de acesso ou auto-censura. Além deles, outras nações optaram pela vigilância no acesso de seus cidadãos, uma forma ligeiramente mais branda de controle, mas não menos nociva. Este é o caso da Australia, Bahrein, Bielorrusia, Eritrea, Málasia, Rússia, Coréia do Sul, Sri Lanka, Tailândia, Turquia e os Emirados Árabes.
Recentemente o grupo Repórteres Sem Fronteiras promoveu o "Dia Mundial contra a censura cibernética", para promover uma Internet livre e acessível a todos. Esta campanha teve por finalidade chamar a atenção para o fato de que a internet é uma grande força para a liberdade, através da criação de novos espaços para a troca de idéias e de informações. No entanto, esta condição está sendo cada vez mais combatida por governos que tentam controlar e censurar a Internet. Neste dia, 11 de Março, o grupo disponibilizou o relatório "Inimigos da Internet" (em inglês) que detalha como cada um desses países tem controlado o acesso local a Internet.
Não só as ditaduras promovem a censura ou a vigilância do acesso a Internet. De acordo com o Google (conforme publicado pela BusinessWeek), o acesso ao seu serviço ou ao resultado de suas buscas sofre algum tipo de controle em pelo menos 25 dos 100 países em que a empresa atua. Isto inclui países como o Brasil e a Espanha, onde algumas ordens judiciais bloquearam o acesso a algum tipo de conteúdo online, ou países europeus como Alemanha, França e Polônia, onde as leis locais exigem que seja excluído qualquer conteúdo que promova o nazismo.
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