Vale a pena dar uma olhada, e resumidamente, eles dão as dicas abaixo:
Verifique a credibilidade do autor: é um site confiável, conhecido, com boa reptação?
Mesmo notícias verdadeiras, podem não ser 100% precisas, pois podem ser tendenciosas ou ter um viés político. Fuja!
Verifique os fatos! Busque fontes confiáveis para verificar se a informação é verdadeira!
Preste atenção nas armadilhas: notícias velhas ("recicladas", postadas como se fossem relacionadas a um assunto recente), chamadas provocativas ou exageradas para atrair a atenção, erros gramaticais ou links falsos;
Leia a notícia com cuidado, por completo, e com análise crítica.
O mais importante de tudo é: "nunca compartilhe uma fake news!". Se você recebeu uma notícia e identificou que ela é falsa, avise o remetente sobre isso e não passe ela adiante.
Há várias formas de validar se uma notícia é verdadeira ou não (como a dica acima das "armadilhas"), e uma forma simples é procurar pelo título ou tema da notícia no Google - normalmente os primeiros resultados da busca já trazem a verdade.
Além disso, existem vários sites que ajudam a identificar e validar os boatos e fake news mais comuns:
Vale a pena destacar o último link da lista acima. Durante a pandemia do novo Coronavírus as fake news proliferaram e se tornaram uma constante, em muitos casos sugerindo tratamentos ineficazes (por exemplo, tomar chá de boldo), desmerecendo tratamentos reais e criticando as vacinas. Isso é gravíssimo, pois pode induzir as pessoas a seguir medidas preventivas e tratamentos errados ou evitar os válidos, causando danos a saúde ou aumentando sua exposição ao vírus. O próprio Ministério da Saúde mantém uma página em seu site apenas para desmentir as fake news relacionados a recomendações médicas.
O canal Papo Binário, do Fernando Mercês, acabou de lançar a primeira aula do curso online, gratuito, de "Análise de Malware Online".
O AMO (Análise de Malware Online) é um treinamento básico gratuito publicado no canal do Papo Binário no YouTube, graças ao suporte dos apoiadores do canal. A ideia é capacitar me conhecimentos básicos, para formar um analista de malware júnior, que possa atuar com análise em empresas ocupando cargos na área de análise de malware, resposta à incidentes, SOC, analista forense, entre outros.
O curso foi possível pois o Mercês lançou uma campanha de apoios para ajudar nos custos de manutenção do canal, e a campanha foi super bem recebida pela comunidade :)
Para ajudar a conscientizar usuários sobre os cuidados de segurança a serem tomados durante a pandemia de Coronavírus, eu resolvi criar alguns memes.
Eu foquei em 2 temas:
Não compartilhe fake news: esse é um dos grandes problemas hoje em dia. As mensagens falsas e desencontradas sobre a pandemia e possíveis formas de prevenção e cura tem sido compartilhadas frequentemente em grupos de whatsapp, o que causa confusão de desinformação. Sempre avalie muito bem uma mensagem antes de compartilhar, e sempre prefira usar fontes confiáveis. O Ministério da Saúde e a Organização Mundial da Saúde criaram páginas específicas para esclarecer sobre a epidemia (coronavirus.saude.gov.br e www.who.int/emergencies/diseases/novel-coronavirus-2019, respectivamente). São ótimas fontes;
Não coloque a mão no rosto e não clique em links: Que tal juntar as duas dicas mais importantes de higiene e "ciber higiene", para o mundo físico e virtual? Para evitar contaminação com o Coronavírus, precisamos lavar constantemente as mãos e nunca tocar na face. Para não cair em golpes de phishing, incluindo aqueles com tema do Coronavírus, a principal dica é não clicar em links.
Veja os resultados abaixo, e fique a vontade para utilizar e compartilhar esses memes.
Não espalhe Fake news! A desinformação também mata!
Não coloque a mão no rosto! Não clique em links! (versão com o Bolsonaro)
Imagem original: Retirada da Internet
Meme: em Português
Eu criei os memes acima usando imagens bem legais que eu peguei no site unsplash, que tem excelentes imagens gratuitas (inclusive eles já tem coleções para o COVID-19 e pandemia!). Usei o gerador de meme online do site Meme Generator.
Atualização em 03/04: Eu criei mais um meme, aproveitando uma imagem triste que circulou na imprensa e nas redes sociais, das covas abertas no cemitério de Vila Formosa (SP), aguardando as vítimas do COVID-19
Durante a pandemia fake news também mata!
Imagem original: Retirada da Internet
Meme: em Português, em Inglês
PS: Achei várias imagens bem legais no unsplash, como essas abaixo (com os devidos créditos):
Devido a relevância do assunto, eu resolvi transcrever aqui o alerta:
O CAIS, através deste alerta, vem comunicar ao público algumas recomendações de segurança a serem observadas durante o período de trabalho remoto, motivado por ações de prevenção adotadas pelas organizações ao contágio de seus colaboradores pelo COVID-19 (novo Coronavírus).
#USO DE COMPUTADORES PESSOAIS E CORPORATIVOS
Apesar de adotarem trabalho remoto, nem todas as organizações dispõem de computadores para uso fora de suas respectivas dependências físicas a todos os seus colaboradores, resultando em que alguns destes talvez precisem utilizar seus próprios computadores e Internet pessoais para realizarem suas atividades. Recomendamos que os colaboradores se certifiquem de manter sempre atualizado o sistema operacional de seus computadores, bem como também as bases de dados mais recentes dos seus respectivos softwares antimalwares. Caso a organização tenha disponibilizado o uso de computadores corporativos, siga os mesmos cuidados, regras e procedimentos internos como se estivesse no ambiente de trabalho.
#UTILIZE VPN (REDE VIRTUAL PRIVADA) PARA ACESSAR A INTERNET E SOFTWARES CORPORATIVOS
Seja utilizando rede banda larga pessoal ou compartilhada, seja utilizando redes 3G ou 4G, realize o acesso à Internet e sistemas corporativos - incluindo sistema de e-mail - através de VPN (rede virtual privada) sempre que disponibilizada pela organização. Dessa forma, existe a certeza de que os dados estarão cifrados, ou seja, protegidos contra possíveis acessos não-autorizados por parte de usuários maliciosos durante o tráfego entre sua rede e os servidores da organização.
Apesar de, em geral, ser uma medida de proteção ao tráfego de dados, caso a organização não tiver um sistema de VPN disponível, NÃO utilize qualquer solução disponível na Internet ou em lojas de aplicativos (App Store, Google Play, etc.), pois muitos deles podem ser maliciosos e se utilizarem de técnicas de ataque conhecidas como man-in-the-middle, na qual um atacante pode ter acesso a dados pessoais e corporativos dos usuários que os utilizam. Dê preferência em usar o recurso de VPN de sistemas antimalwares confiáveis instaladas em seu computador, os quais, em sua maioria, já disponibilizam esse recurso dentre as ferramentas que compõem a solução.
Em todo caso, sempre procure orientação da equipe técnica da sua organização para se informar como realizar o acesso de forma segura.
#MENSAGENS FALSAS E PHISHINGs
Em um período onde a busca de informações relacionadas ao COVID-19 é compreensivelmente alta, é preciso ter cuidado com as fontes e conteúdos, de forma a não ser vítima de atacantes que buscam ter acesso a dados pessoais e corporativos. Evite instalar quaisquer aplicativos que prometem informações em tempo real sobre o vírus, confie somente nos apps oficiais, como os da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde (MS). Tenha cuidado com falsas mensagens, promoções ou vantagens imperdíveis, principalmente as relacionadas à empresas de delivery (entrega de refeições), operadoras de canais fechados de televisão, companhias aéreas ou outras que porventura estejam em evidência durante o período de crise do COVID-19. Se receber algum SMS, mensagens via aplicativos de mensagens instantâneas (como Whatsapp, Telegram, entre outros), não clique em qualquer link ou preencha qualquer cadastro com dados pessoais sem antes confirmar se são verdadeiras. Sempre desconfie do conteúdo dessas mensagens e cheque se tais promoções ou vantagens realmente existem nos respectivos sites das empresas ou nos canais oficiais de comunicação.
Da mesma forma, evite compartilhar mensagens relacionadas ao COVID-19 que já não tenham sido confirmadas por fontes oficiais. Sempre procure checar os fatos das informações recebidas (fact-checking) antes de repassá-las adiante. Evitar repassar informações falsas irá contribuir para manter a calma e realizar com exatidão todas as recomendações de medidas preventivas, bem como também as reativas em caso de infecção.
#TRANSAÇÕES FINANCEIRAS POR MEIOS ELETRÔNICOS
Tenha muito cuidado com transações eletrônicas, como pagamentos pela Internet, operações com cartão de crédito, acesso a sites e aplicativos de bancos. Cheque quantas vezes forem necessárias a veracidade de aplicativos, sites e boletos, bem como os certificados de autenticidade das lojas de e-commerce antes de realizar compras utilizando cartões de crédito (checar a existência do cadeado ao lado da barra de endereços e se as informações do certificado correspondem ao da respectiva loja virtual).
O CAIS recomenda a todos que sigam todas as orientações de segurança da informação disponibilizadas pela sua organização e, em caso de dúvidas, procurem as respectivas equipes de TIC. Desejamos a todos um ótimo e tranquilo período de trabalho remoto, seguindo todos os cuidados e prevenções, sejam elas físicas ou virtuais, que o momento atual requer de cada colaborador.
O Lance é um dos monstros sagrados do mercado de InfoSec. Nos anos 90/2000 ele era um guru do CheckPoint FW-1, a solução de Firewall mais popular desde aquela época, e depois ganhou mais destaque quando criou o Honeynet Project.
O pessoal da Australian Signals Directorate (ASD) criou uma lista bem interessante com os principiais controles de segurança para mitigar incidentes. Dos 37 controles, organizados em 5 grupos, 8 deles foram classificados como "essenciais", e por isso pararam a ser chamados simplesmente de "Essential 8".
Eu achei a lista bem interessante e uma ótima recomendação de controles mínimos que todas empresas deveriam seguir. São eles:
As comunidades LATAM Women in Cybersecurity (WOMCY) e Women in Security & Resilience Alliance (WISECRA) se juntaram para lançar um concurso público para criar a lista ‘Top Women in Cybersecurity - Latin America 2020’. Esta iniciativa foi lançada oficialmente no Dia Internacional da Mulher, 8 de março de 2020, e as inscrições vão até o dia 8 de maio.
A premiação "Top Women in Cybersecurity - Latin America" pretende reconhecer as mulheres líderes atuais do mercado em ciber segurança que fizeram contribuições significativas no setor e abriram caminho para as gerações futuras de profissionais. A lista inclui profissionais em todos os segmentos da segurança, desde comercial e marketing até engenharia e serviços técnicos.
A área de segurança tem um grande potencial para as mulheres, devido a grande falta de profissionais em todo o mundo e a grande diferença entre homens e mulheres trabalhando na área. Segundo um estudo do International Information System Security Certification Consortium (ISC)², as mulheres representam apenas 24% da força de trabalho em ciber segurança e a falta de profissionais nesse segmento já atingiu quase 4 milhões em todo o mundo. Provavelmente esse déficit profissional, o famoso "apagão de talentos", seria muito menor se as mulheres representassem 50% do mercado.
Eu não sou muito fã desses concursos e listas de melhores profissionais da área, mas nesse caso, é uma iniciativa com ótimas intenções. Afinal, quanto mais mulheres tiverem posição de destaque em segurança, maior a probabilidade de atrair outras mulheres para o mercado. Ao reconhecermos essas profissionais, ajudamos também a promover uma maior diversidade na área.
As candidatas serão avaliadas por um painel diversificado de jurados, composto por dez executivos da América Latina, e as vencedoras serão anunciadas em meados de junho deste ano nas redes sociais da WOMCY e WISECRA. As candidaturas devem ser feitas enviando o formulário de inscrição disponível em espanhol, inglês ou português até 8 de maio de 2020.
Os principais golpes utilizando o tema do Coronavírus incluem campanhas de phishing (por email, SMS ou por redes sociais) para a captação de dados pessoais ou para a infeção dos smartphones das vítimas, os aplicativos falsos, com trojan, que se fazem passar por mapas em tempo real sobre a pandemia, além de ataques DDoS, esquemas de fraude digital para captura de dados de cartão, coleta de donativos ou cobrança de serviços.
Segundo estimativas da Interpol, baseada em denúncias recebidas, os 4 principais ciber crimes relacionados a pandemia do novo Coronavírus em 2020 foram as mensagens de Phishing e golpes relacionados, os malwares e ransomwares, domínios maliciosos e as mensagens falsas (fake news).
Já existem diversos relatos e notícias de que os cibercriminosos estão usando o Coronavírus como tema para seus golpes de engenharia social, incluindo mensagens e sites maliciosos (phishing). Além disso, já foram identificados sites e aplicativos falsos para celular para disseminar trojans. Alguns relatórios da indústria estimam que milhares de novos domínios maliciosos, com o tema do Coronavírus, surgem todos os dias: entre 14 e 18 de Março, foram criados 3.600 nomes de domínio suspeitos, contendo a palavra "coronavirus".
Diversas mensagens de phishing tem sido espalhadas pelas redes sociais e aplicativos de comunicação instantânea, como o WhatsApp, aproveitando-se da busca de informações e do medo da população para incentivá-los a clicar em links maliciosos. Segundo uma pesquisa da PSafe, divulgada pelo portal TechTudo e pelo 6 Minutos, essas mensagens falsas circulam no WhatsApp há pelo menos dez dias e já atingiram 2 milhões de usuários no Brasil.
Em outro caso que circulou bastante, do phishing prometendo o auxílio cidadão para trabalhadores autônomos, eu vi uma versão da mensagem com o link encurtado e outra com o link fake original:
Segundo a Akamai, uma campanha falsa prometendo o auxílio emergencial fez mais de 850 mil vítimas em 2 semanas!
A propósito, há inúmeros relatos de fraudes relacionados ao benefício de auxílio emergencial fornecido pelo governo. Esses golpes incluem inscrições no benefício feito com dados de terceiros, inscrições por pessoas que não seriam elegíveis ao benefício (por exemplo, por já estarem empregadas - inclusive servidores públicos), e inclusive, fraudes no acesso ao aplicativo (Caixa Tem), em que criminosos conseguem acessar o app com os dados da vítima e desviar o benefício. Segundo estimativas da Caixa, divulgadas no final de Junho deste ano, as fraudes em saques de pagamentos do auxílio emergencial deram prejuízo de mais de R$ 60 milhões à Caixa Econômica Federal! A Controladoria-Geral da União (CGU) identificou mais de 160 mil possíveis casos de fraudes no recebimento do auxílio emergencial.
OBS: Você sabe, né? Antes de clicar em um link encurtado pela bit.ly, copie o link, cole ele e adicione um "+" no final. Isso vai mostrar as informações sobre o link e qual é a URL para a qual você será redirecionado.
Segundo uma reportagem do Jornal Extra, dados da PSafe indicam que esse golpe do ovo de páscoa fez 560 mil vítimas em apenas três dias!
Mas convenhamos... sacanagem mesmo, é compartilhar phishing oferecendo cerveja grátis! Esse até eu teria clicado! Em menos de 4 horas, já tinha feito mais de 1000 mil vítimas (e eu conheço uma pessoa que clicou!).
Já estão até mesmo explorando o tema do Coronavírus para mandar mensagem falsa em nome dos bancos!!!
Também circulam mensagens falsas por e-mail em nome da Organização Mundial da Saúde, com arquivo malicioso em anexo.
A Kaspersky mostrou, em uma notícia de Março, um exemplo de uma campanha maliciosa por e-mail que usava o nome de uma farmácia em uma suposta fatura de compra de álcool gel no valor de R$ 3.877,76. Caso a vítima clicasse para visualizar a cobrança, seria infectada com um trojan bancário.
Para identificar uma mensagem suspeita, siga as mesmas dicas de sempre: verifique se o nome no link é um site válido e ref ao site que promete ser, busque por erros de português, e acima de tudo, desconfie sempre de grandes vantagens e promoções. E, acima de tudo: não dúvida, não clique no link e não compartilhe com mais ninguém!!!
Além dos ataques de phishing, outro caso que foi muito divulgado na mídia foi de aplicativos falsos para Android que supostamente seria um mapa da contaminação, mas na verdade eram trojans. Há vários deles espalhados por aí, como no caso do app "Coronavirus Tracker"(ou COVID-19 Tracker), disponibilizado pelo site malicioso "coronavirusapp[.]site", que contém um ransomware para sequestrar o celular da vítima (veja mais detalhes aqui). A boa noticia, nesse caso, é que o desenvolvedor do ransomware não ofuscou a chave utilizada para desbloquear o dispositivo!
O pessoal da empresa Lookout reportou o caso do "corona live 1.1", um app para Android que promete ser um mapa baseado no site criado pela universidade the Johns Hopkins. Mas, na verdade, esse app tem o spyware SpyMax, uma ferramenta usada para monitorar o uso do celular.
Segundo dados da Avast, divulgados pelo Terra, a empresa detectou 35 aplicativos maliciosos relacionados ao Covid-19 no mundo todo, que incluíam ransomwares ou trojans bancários. O interessante é que, segundo eles, esses apps maliciosos estão sendo distribuídos por SMS ou links na web - nenhum deles foi colocado nas lojas oficiais, como a Play Store do Google. Entretanto, segundo uma reportagem do portal The Hacker News, a BitDefender diz ter encontrado 579 aplicativos na Google Play em 01 de Janeiro que tinham a palavra "coronavirus" em seu manifesto. Dessas, 9 eram Trojans e 10 foram classificadas pela BitDefender como "Riskware".
Veja os links no final deste artigo e nessa página aqui no blog, para ver as empresas que oferecem IOCs relacionados a esses ataques.
Cuidado: não clique nestes links nem baixe estes apps, pois você pode ter seu smartphone comprometido por um malware.
Até mesmo o Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos (Department of Health and Human Services / HHS) sofreu um ataque distribuído de negação de serviços (DDoS) após uma campanha com o objetivo de espalhar o pânico durante a pandemia do COVID-19.
Além de tudo o que eu citei acima, ainda temos também as mensagens com fake news sobre o Coronavírus circulando nas redes sociais e aplicativos de comunicação. Tais mensagens espalham a desinformação e são um risco para a sociedade. Afinal, em tempos de estresse e grande busca por informações, as pessoas são facilmente atraídas por mensagens mais sensacionalistas. Para evitar essas mensagens falsas, sempre busque fontes oficiais ou sites confiáveis, de credibilidade. O próprio Ministério da Saúde criou uma página exclusiva para validar as informações que tem sido compartilhadas sobre o novo coronavírus: https://www.saude.gov.br/fakenews.
Por último, a imagem abaixo circulou em vários grupos no WhatsApp, aparentemente sobre um site fake que exigia os dados do cartão de crédito em troca de um teste se o usuário tem o Coronavírus. Mas de tão tosco, é difícil acreditar que o golpe seja verdadeiro.
Essa proliferação de golpes é preocupante pois a população está bem vulnerável. Além de estar propensa a buscar informações sobre o tema, a migrações dos usuários do ambiente corporativo para o home office os torna mais vulneráveis num primeiro momento. Essa enorme quantidade de pessoas trabalhando em casa, a maioria delas pela primeira vez, geralmente utilizam suas redes domésticas que são muito mais inseguras do que a infra-estrutura tecnológica que existe no escritório. Como muitas empresas estão sendo obrigadas a adotar a prática de trabalho remoto e home office, para tentar minimizar a possibilidade de infecção de seus colaboradores, vale a pena dar uma olhada nessas dicas de segurança.
Segundoinformações da Federal Trade Comission (FTC) dos Estados Unidos, os golpes relacionadas à epidemia do novo coronavírus (COVID-19) totalizaram em perdas de US$ 4,7 milhões, baseado nas mais de 7,8 mil denúncias recebidas pela FTC até 31 de Março desse ano. O Departamento de Justiça dos EUArecebeu mais de 3.600 denúncias de fraudes relacionadas ao COVID-19 até 21 de Abril. Muitos desses golpes eram operados por sites que anunciavam vacinas e curas falsas. A Carbon Black estima que em Março houve um aumento de 148%, em relação ao mês anterior, nos ataques de ransomware, e eus eles podem ser relacionados com temas relacionadas ao coronavírus e direcionados a empresas com funcionários em home-office.
Um efeito colateral da pandemia foi o aumento de ciber ataques contra os funcionários em regime de Home Office. Segundo a Kaspersky, os ataques de ransomware tem aumentado nesse período de pandemia, aproveitando da maior fragilidade dos usuários trabalhando em home office. E o Brasil é um dos países mais atacados. Além disso, os criminosos também começaram a tentar explorar a infra-estrutura de acesso remoto que foi disponibilizada para os funcionários em regime de Home Office. A Kaspersky, por exemplo, identificou um grande aumento nos ataques de força bruta no protocolo RDP (Remote Desktop Protocol) em 2020.
O Hacktivismo também é uma ameaça, uma vez que ele se alimenta de crises econômicas e sociais.A tendência é que os protestos online e cyber ataques surjam e se proliferem na medida em que os efeitos negativos resultantes da pandemia se espalharem pelo mundo, como elevado número de mortes, pressão social e, principalmente, recessão econômica. No Youtube é possível encontrar vários videos de protesto sobre o Coronavírus, produzidos por diferentes células do Anonymous. Por exemplo, no dia 07 de Abril, uma célula do grupo Anonymous publicou um vídeo nas redes sociais (veja também no Youtube) acusando a Organização Mundial de Saúde de ter sido incompetente e corrupta no tratamento da pandemia. Dias antes, publicaram um vídeo criticando o Bill Gates.
Outro golpe que foi reportado recentemente pelo G1 (e veja resumo no Mente Binária), é o surgimento de "live" (as populares transmissões online) falsas. Essas "live fakes" em canais do YouTube reproduzem uma live oficial de algum artista conhecido, mas além de roubar a audiência dos artistas, também estão divulgando dados falsos para receber doações, que supostamente seriam destinadas a ajudar as vítimas da pandemia.
Com a possibilidade de surgimento de uma vacina contra o novo Coronavírus, o cenário de ameaças mudou e se tornou mais complexo: grupos de espionagem industrial e governamental começaram a atacar empresas farmacêuticas para ter acesso e roubar informações confidenciais sobre o desenvolvimento dessas vacinas. A Europol também já alertou sobre grupos criminosos criando esquemas para revender vacinas falsificadas em fóruns na Dark Web.
Com as vacinas sendo disponibilizadas no mundo inteiro e, felizmente, no Brasil também, o ciber crime não perdeu tempo: Já foram identificados diversos golpes relacionados a promessa de acesso a vacina, desde lojas virtuais fraudulentas e fóruns na dark web vendendo vacinas (possivelmente falsas), campanhas de phishing prometendo o cadastro para acesso a vacina e tentativas de golpe prometendo o cadastro para receber a vacina com objetivo de roubar o código de autenticação ao WhatsApp da vítima. (Atualização em 21/01)
No primeiro trimestre de 2021 a Kaspersky identificou que usuários corporativos no Brasil estavam recebendo e-mails falsos convidando para um suposto agendamento da vacinação. O e-mail levava as vítimas para um formulário que pedia seus dados pessoais e senhas. Mensagens falsas também foram enviadas em nome das empresas farmacêuticas, com um convite para participar de testes de novas vacinas.
Segundo o Fabio Assolini, da Kaspersky, já foram identificados domínios falsos criados com intenção maliciosa. (Atualização em 21/01)
Certamente também veremos aparecer mensagens de Phishing oferecendo venda de vacinas, ou convidando as pessoas para se cadastrarem nas filas de vacinação organizadas pelos governos e órgãos de saúde.
Com o avanço da vacinação e perspectiva de final da pandemia, um novo golpe aproveita a busca por certificados de vacinas - mesmo por pessoas que não querem se vacinar. Grupos criminosos cobram de 300 a 500 reais para incluir comprovante de vacinação no ConecteSUS, aproveitando de funcionários cooptamos para inserir os dados falsos no cadastro do sistema do Ministério da Saúde.
PS: Pequena atualização em 25/03 e duas atualizações em 26/03. Post atualizado em 23, 27 e 29/04. Atualizado em 07, 14, 19, 21 e 27/05. Atualizado em 08, 09, 15, 16, 22 e 23/06, e também em 08, 20 e 22/07. Atualizado em 05/08. Post atualizado em 02, 03 e 08/09. Pequena atualização em 02/10. Post atualizado em 14 e 19/10, em 09 e 23/11, em 08, 09, 10, 24 e 29/12. Pequena atualização em 05/01/2020 (incluindo uma rápida reorganização dos PSs, para centralizar os avisos de atualização aqui no 1o PS). Atualizado em 08 e 21/01 e 19/02. Atualizado novamente em 10/06/2021, 26/01 e 11/02/2022. Atualizado em 21/03.
PS 5: (02/04) A RedBelt criou uma página para disponibilizar informações sobre ciber ataques relacionados a pandemia, incluindo um infográfico bem caprixado e um relatório com os principais ataques cibernéticos mapeados por eles, descrevendo o que é, métodos de distribuição, funcionamento e, principalmente, formas de detecção.
PS 6: (03/04) O Fábio Assolini publicou vários tweets com exemplos de golpes virtuais recentes, recebidos por SMS, WhatsApp e e-mail. Veja, por exemplo, esses aqui, aqui, aqui e aqui.
PS 7: Post atualizado em 06/04, com informações sobre hacktivismo. Até o momento, identifiquei vários vídeos de protesto no Youtube, mas nenhum ciber ataque.
PS 8 (07/04): Durante essa live, a advogada Dra. Gisele Truzzi fala sobre a importância de proteção de dados nesse cenário de pandemia. Veja também esse vídeo sobre fake news e fraudes eletrônicas.
PS 10: Mais uma atualização em 18/04. Além disso, vale destacar que, mesmo com a pandemia e algumas empresas sendo obrigadas a demitir seus profissionais, o mercado de trabalho nas áreas de tecnologia e segurança da informação continua aquecido. As empresas que possuem vagas em aberto estão aproveitando para ir atrás dos profissionais desligados. Veja esse artigo da Globo.com: Covid-19 provoca onda de contratações de profissionais de tecnologia; veja cargos em alta.
PS 12: (18/08): Segundo a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), entre março e junho de 2020 os crimes de estelionatos praticados pela Internet aumentaram 198,95% e os crimes de furto mediante fraude subiram 310,97%.
PS 13 (29/09): Segundo a Febraban, durante o período de quarentena, as instituições financeiras chegaram a registrar aumento de mais de 80% nas tentativas de ataques de phishing e o golpe do falso motoboy teve aumento de 65% durante o período de isolamento social.
PS 14 (08/12): A AstraZeneca, uma das três principais empresas farmacêuticas atuando no desenvolvimento de uma vacina para o novo coronavírus, sofreu um ataque cibercriminoso no final de Novembro, coordenado pela Coréia do Norte, que envolveu malware, phishing e engenharia social. Veja mais informações nessa reportagem do portal The Hack, que destaca que diversas empresas envolvidas no desenvolvimento da nova vacina tem sido alvo de ciber ataques.
PS 15 (11/02/22): Esse artigo do The Hackers News (COVID Does Not Spread to Computers) faz uma correlação muito interessante sobre o aumento dos ciber ataques durante o período de quarentena (lock down).