O Comitê Gestor da Internet do Brasil (CGI.br), o órgão responsável por estabelecer as diretrizes estratégicas relacionadas ao uso e desenvolvimento da Internet no Brasil, acabou de realizar a eleição para seus membros, que estão distribuídos entre 9 representantes do setor governamental, 4 do setor empresarial, 4 do terceiro setor, 3 da comunidade científica e tecnológica e 1 representante de notório saber em assuntos de Internet (leia-se, o Demi Getschko).
Este grupo de pessoas é quem coordena as iniciativas de serviços Internet no país, define diretrizes estratégicas sobre uso e desenvolvimento da Internet, registro de Nomes de Domínio, alocação de Endereço IP e administração do domínio de primeiro nível (DPN) ".br".
O Comitê Gestor da Internet no Brasil foi criado para coordenar e integrar todas as iniciativas de serviços Internet no país, promovendo a qualidade técnica, a inovação e a disseminação dos serviços ofertados. Por causa de seu posicionamento estratégico, alguns grupos tem grande interesse em garantir a sua participação. Dentre seus 21 membros (cada um com seu respectivo suplente), dos quais o maior grupo é formado por representantes do Governo Federal (incluindo o Ministério da Ciência e Tecnologia, Ministério das Comunicações e Ministério da Defesa), há um grupo de 4 conselheiros que representam o setor empresarial (provedores de acesso e conteúdo, provedores de infra-estrutura de telecomunicações, indústria de informática e telecomunicações, e empresas usuárias da Internet). Claro que esse grupo vai defender os interesses das empresas de Telecom.
Para defender o interesse da comunidade usuária de Internet, há os representantes do Terceiro Setor, 4 no total. Os quatro eleitos para os próximos 3 anos foram o Thiago Tavares Nunes de Oliveira, o Percival Henriques de Souza Neto, a Flávia Lefèvre Guimarães e a Tanara Lauschner. Você não sabe quem são eles? Pois são justamente essas pessoas que deveriam defender o nosso direito ao acesso à Internet, à privacidade e à liberdade de expressão online.
O legal dessa história toda é que o Garoa Hacker Clube se inscreveu para participar das eleições e conseguiu eleger um suplente para o grupo do terceiro setor. Mesmo sendo suplente, nosso representante pode assistir as reuniões, e assim trazer um depoimento real do que acontece lá dentro e dos jogos de poder que ditam a Internet Brasileira. As reuniões do CGI.br são mensais, e suas atas estão disponíveis online.
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