Vejam só:
- G1: "Hackers são acusados em maior cibercrime da história nos EUA"
- Terra: "EUA acusam hackers em maior cibercrime da história"
- TI Inside: "Desbaratada maior rede de hackers financeiros dos Estados Unidos" (peraí... "hackers financeiros"? AimeuDeusdocéu...)
- CNN: "5 charged in credit card hacking scheme feds call largest ever prosecuted in U.S."
- Reuters: "U.S. indicts hackers in biggest cyber fraud case in history"
- The Wall Street Journal: "Nasdaq, Others, Targeted by Hackers"
- The Hackers News: "Russian Hackers charged for stealing 160 million Credit Cards"
- ARStechnica: "“NASDAQ is owned.” Five men charged in largest financial hack ever"
- Wired: "Feds Identify the Young Russians Behind the Top U.S. Cyber Thefts in Last 7 Years" (ufa, alguém não usou a palavra "hacker' no título da notícia!!!)
- Nem mesmo o press-release do Departamento de Justiça americano se salva: "Five Indicted in New Jersey for Largest Known Data Breach Conspiracy - Hackers Targeted Major Payment Processors, Retailers and Financial Institutions Around the World"
Cada um dos envolvidos tinha uma especialidade, algo muito comum em grupos organizados de ciber criminosos:
- Os russos Vladimir Drinkman e Alexandr Kalinin eram especializados em invadir as redes de computadores das vítimas. Ambos já foram acusados anteriormente de trabalhar em conjunto com Albert Gonzalez, o responsável por um dos maiores roubos de dados de cartões, na empresa americana Heartland Payment Systems (130 milhões de cartões de crédito roubados, prejuízo de U$ 200 milhões). Segundo a acusação, o ataque era realizado principalmente através de SQL Injection, buscando identificar servidores vulneráveis. Quando eles conseguiam acesso ao sistema, instalavam backdoors nos servidores para garantir o acesso e sniffers para capturar dados. Normalmente eles tentavam atacar as empresas pacientemente por semanas ou meses a fio, até conseguirem. Uma vez que conseguiam invadir, em alguns casos os backdoors ficaram instalados por mais de um ano.
- O russo Roman Kotov, de 32 anos, era especializado em explorar as redes invadidas em busca de dados que pudessem ter algum valor para o grupo.
- O ucraniano Mikhail Rytikov fornecia serviços anônimos de hospedagem on-line para o grupo, conhecidos normalmente como "bullet profing hosting services", pois garantia que não iria fornecer informações e logs sobre os servidores para a polícia.
- O russo Dmitriy Smilianets é acusado de vender os dados roubados e distribuir os lucros. Os dados dos cartões eram vendidos no underground por US$ 10 para cada cartão americano, por US$ 15 cada cartão canadense e US$ 50 cada cartão europeu - com descontos para grandes quantidades ou clientes frequentes ;).
Ah, em termos de estatísticas, o Brasil não deixa por menos. A SERASA lançou algumas estatísticas novas sobre fraudes por aqui...
- No primeiro semestre de 2013 ocorreram 1.007.606 tentativas de fraude contra o consumidor no Brasil.
- A cada 15,5 segundos um consumidor brasileiro é vítima da tentativa de fraude conhecida como roubo de identidade
- O setor telefonia liderou o ranking, com 400.913 tentativas de fraude contra o consumidor, ou 40% do total. O setor de serviços vem em segundo lugar, com 320.711 tentativas de fraude (32%), seguido pelos bancos e financeiras (191.567 tentativas de fraude, ou 19% do total) e pelo varejo (78.428 tentativas de fraude, 8%).
Acho que só me resta lançar uma música nova, baseado no antigo sucesso dos Titãs:
"O melhor hacker russo de todos os tempos da última semana
O melhor malware chinês em empresa americana
O melhor ciber crime dos últimos anos de fraudes do passado
O maior prejuízo de todos os tempos entre os dez maiores ataques"
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