Baseado em uma pesquisa do NIC.br, o portal Convergência Digital publicou a notícia que "Desconhecimento afasta brasileiro do acesso à Internet". Segundo o excelente estudo "TIC Domicílios 2007", realizado pela terceira vez pelo NIC.br, podemos perceber como a maiorida da população brasileira ainda está fora do mundo Internet (59% dos entrevistados nunca acessaram a Internet - de 17 mil pessoas, de todas as classes sociais e em todo o país). A pesquisa pode ser visializada no site do CETIC.br.
Ésta é uma realidade no mundo virtual que condiz com o que vemos no mundo real, e pode ser resumida na frase publicada nesta notícia, do Sr. Rogério Santanna (Secretário do Ministério do Planejamento e membro do Comitê Gestor da Internet):
"Fica claro que há, sim, uma ligação entre a exclusão social e a exclusão digital"
A maioria de nós, profissionais de TI e de SI, esquecemos que existem "dois Brazis" - o rico, educado, que acessa a Internet e o pobre, desinformado, sujo e que passa fome. Também esquecemos, da mesma forma, que existem outros dois tipos de pessoas: os que conhecem tecnologia e os que não conhecem. No alto de nossa arrogância, chamamos usuários de burros ou incapazes, como se todos fossem obrigados a conhecer informática desde o nascimento. Há algum tempo circulou na Internet um vídeo muito interessante, publicado no YouTube, chamado "Fala Sonia".
Ao mesmo tempo que ele mosra como o simples ato de falar a URL do site YouTube ("www - ponto - you - tube - ponto - com") pode ser difícil para uma pessoa com menor nível de educação (ou seja, a maioria da população brasileira), mostra também como os profissionais de TI e SI, são míopes ao tratar isso como piada ou uma aberração (como vi vários fazendo). Isto inclui também pessoas com um nível educacional melhor ou com maior contato com a tecnologia.
É combatendo esta ótica que se surgem os esforços em tornar a computação mais amigável (softares com interface amigável e maior usabilidade) e a se criar programas de treinamento e conscientização (tem um post muito interesante sobre isso no blog securosis).
Outro ponto interessante, para finalizar, é que a pesquisa do NIC.BR aponta como os esforços de inclusão digital e barateamento da informática tem conseguido levar o acesso Internet as camadas mais baixas da população.
Por outro lado, outro artigo do mesmo portal, a notícia de que "Segurança da Informação movimentou US$ 370 milhões no Brasil", baseado em dados do IDC, mostra como as empresas estão preocupadas em se proteger e direcionar seus investimentos em segurança. É muito interessante ver que, mundialmente, 37% dos gestores de segurança consideram prioritário o combate à ação de organizações criminosas e à espionagem industrial. Isso para mim é uma boa novidade: mostra que os executivos estão antenados com a principal tendência do mundo inderground: as atividades "hacker" migrando para o ganho financeiro. Também faz parte da preocupação, como sempre, o controle de acesso ao e-mail, os dispositivos móveis (smartphones, PDAs, pen drives, modens USB e os IPhones - a coqueluxe atual) e o combate aos vírus, trojans, spams e spywares.
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