março 30, 2009

[Cultura] Radiohead: ótima música, cocô de cavalo e filas


No final de semana passado fui no Show do Radiohead aqui em São Paulo, na Chácara do Jockey. O show foi excelente, onde eles apresentaram seus maiores sucessos e contou com abertura dos Los Hermanos (não sou fã deles, cheguei na metade da apresentação) e dos alemães eletrônicos do Kraftwerk, que eu simplesmente adorei, achei sensacional. O show contou com cerca de 30 mil pessoas e o local é muito legal, um grande descampado, com todo mundo numa enorme pista entre as árvores.

Embora o local seja bem legal, ele cheira a cocô de cavalo (hum... acho que por isso que o local se chama "chácara do jockey" e tem vários estábulos), é pouco conhecido (difícil de achar, embora tenham colocado muita sinalização no caminho) e, o que é pior, de acesso precário: há apenas duas vias principais de acesso, a Av. Francisco Morato e a Av. Eliseu de Almeida. Como se não bastasse que as duas avenidas estejam em obra, a Fco. Morato está interditada num determinado ponto, no meio do caminho para o show, forçando um desvio obrigatório pela Eliseu de Almeida, que é uma avenida péssima, que desde que eu a conheço sempre foi cheio de buracos e péssimo asfalto (e piorou por causa das obras). E o que acontece se você junta 30 mil pessoas com uma péssima organização?



O mais irritante no show eram as filas absurdamente gigantescas e desorganizadas para comprar comida e bebida. Fiquei aproximadamente 30 minutos na fila só para comprar o ticket para a bebida e a comida, para depois entrar no meio da multidão, num empurra-empurra desnecessário, para pegar a cerveja (veja foto acima). E em seguida tive que enfrentar tudo de novo, pois o pessoal da bebida não lhe servia a comida (um cachorro-quente muito do sem graça). Moral da história: sem brincadeira, fiquei metade do show do Kraftwerk e todo o intervalo antes do Radiohead só para tomar uma cerveja, uma coca-cola e comer um cachorro-quente.

Após o término do espetáculo, todas as 30 mil pessoas tinham uma única saída da pista: um caminho estreito em descida, com o chão de pedrinhas, onde a multidão se apertava para andar (veja foto abaixo). Se tivesse acontecido algum problema na pista e a multidão saísse correndo (por exemplo, no caso de uma briga), o resultado seria catastrófico. O local tinha algumas saídas de emergência, mas a organização não liberou a saída por elas, o que poderia ter facilitado muito a vida de todos e, por tabela, ofereceria mais segurança.

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