A palestra já começou com uma estatística assustadora: segundo um estudo citado pelo Gary, as novas gerações passam 8 horas por dia online. Isso é muito tempo, mas se pensarmos que hoje podemos estar online a qualquer hora e em qualquer lugar graças aos smartphones, tablets e notebooks, esta estatística faz sentido. Pensando bem, acho que eu só fico offline quando estou dormindo.
Segundo o Gary, compartilhar dados não é necessariamente uma coisa má, quando sabemos quais dados são coletados e como as nossas informações estão sendo utilizadas. O problema é o negócio emergente de "Behaviour Tracking", um negócio que pode usar nossas informações sem pedir nossa autorização e sem o nosso conhecimento para traçar o nosso perfil.
GAru exemplificou este problema mostrando um novo add-on para o Firefox chamado Collusion, que ajuda a identificar os sites que ficam nos rastreando na medida em que navegamos na Web. Como exemplo, em apenas um dia em que ele usou a ferramenta, foi possível identificar cerca de 150 sites que rastreavam a navegação online do Gary, sem que ele visitasse estes sites. Nas primeiras duas horas do dia, ele entrou em 4 sites, mas 25 outros tinham os seu dados.
Esta palestra me lembrou uma ferramenta da EFF chamada Panopticlick, que o Juca, do Garoa, apresentou na primeira edição da Co0L, que identifica o "fingerprint" que o nosso browser deixa quando visitamos um site.
Um comentário:
Privacidade é uma utopia, seja na realidade física ou virtual. Mas se quero navegar com privacidade eu inicializo meu notebook através de uma distribuição Linux chamada Tails em um pendrive e navego sem me preocupar. Mas claro, não será privacidade verdadeira se eu fizer isso através de meu provedor de internet. Por isso, sempre é bom ter ao alcance uma wifi hackeada da vizinhança. rsrs
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