Em dez anos de existência da delegacia especializada, foram contabilizados 465 vítimas (uma a cada semana, em média) e 393 boletins de ocorrência referentes a crimes motivados por homofobia em São Paulo. No mapa é possível perceber que a maioria casos aconteceram na região central de São Paulo, perto das ruas Augusta e Consolação, na República e no Largo do Arouche
Veja alguns outros dados obtidos pelo G1 junto a Decradi:
Entre as vítimas, há desde um adolescente de 17 anos até um homem de 77 anos, em casos de intolerância a comunidade LGBT, aonde o mais comum são agressões gratuitas, de xingamentos e provocações sem sentido em locais públicos, de humilhações dentro de casa e no meio da rua. Veja, por exemplo, alguns casos que ganharam destaque na mídia:
- 2006; o adestrador de cães Edson Neris da Silva foi assassinado por um grupo de skinheads na Praça da República;
- 2009: atentado a bomba na Parada Gay que deixou mais de dez feridos;
- 2010: quatro adolescentes e um adulto agrediram com lâmpadas fluorescentes um rapaz, que estava com dois amigos homossexuais, na Avenida Paulista;
- 2011; o ativista do movimento LGBTT e militante político Guilherme Rodrigues foi agredido por quatro rapazes (dois deles de um grupo skinhead) em um posto de combustível na esquina da Augusta com a Rua Peixoto Gomide;
- 2012: o universitário homossexual André Baliera foi agredido em Pinheiros
- 2014: o corpo de Kaique Augusto dos Santos, de 17 anos, foi encontrado sob o Viaduto Nove de Julho, no Centro. Ele estava sem todos os dentes e a família acredita que ele foi vítima de homofobia.
Dentre os vários locais existentes para denúncias e apoio jurídico, centros de acolhida e atendimento, vale destacar o contato da delegacia especializada:
Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi)
Rua Brigadeiro Tobias, 527, 3º andar - Centro
Telefone: 3311-3555
e-mail: decradi@policiacivil.sp.gov.br
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