De repente, no meio da noite, 70 milhões de pessoas ficam sem luz. Um apagão atingiu 18 estados no dia 10 de novembro, durando até 7 horas em algumas regiões. O maior apagão da história? Maior até do que o apagão de 1999.
A direção de Itaipu diz que o problema foi nas linhas de transmissão de Furnas e cria uma conta no Twitter para manter a população informada (meus parabéns ao time de comunicação e marketing da empresa!). Furnas diz que não teve problema. O Governo, na pressa de achar uma desculpa, diz que uma tempestade com raios atingiu três linhas de tansmissão e o INPE diz que não teve raio, após consultar seus sistemas. E agora, o que fazer? O governo "decreta" que o assunto está encerrado, que ninguém mais discorde da versão oficial.
Além do mais, esse apagão teve um componente cibernético inusitado. Coincidência (ou não?), no domingo, dia 08/11, o programa 60 Minutes da rede americana CBS fez uma reportagem sobre terrorismo cibernético, onde foi dito que o blackout de 2007 no Estado do Espírito Santo, que afetou mais de três milhões de pessoas, e um incidente menor no Rio de Janeiro, em 2005, foram causados por hackers. O governo brasileiro já desmintiu a reportagem, que é fruto de uma grande série de boatos envolvendo um suposto blackout causado por hackers fora dos EUA. Para colocar mais lenha na fogueira, um hacker brasileiro não teve muita dificuldade para encontrar um sistema web da Operadora Nacional do Sistema (ONS) disponível na Internet aparentemente vulnerável.
Como sugestão de leitura, a Daryus publicou um artigo muito interessante com uma coletânea de dicas para as pessoas e as empresas se prevenirem e se prepararem para uma situação dessas. Vale a pena a leitura.
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