Paulo Coelho baseia sua idéia em dois princípios: primeiro, que hoje em dia o que mais se faz é reciclar os mesmos temas, e portanto não faz sentido atribuir um dono a uma idéia. Segundo, porque quem escreve deseja ser lido, e que a principal motivação dos artistas é a paixão pela arte, e não o dinheiro.
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Esse artigo surge em um momento em que vários países, inclusive o Brasil, discutem novas leis de proteção a propriedade intelectual, e a maioria destas iniciativas criminalizam o compartilhamento online de material protegido por copyright.
A discussão é muito complexa, e na minha humilde opinião, o modelo de propriedade intelecual e copyright deveria ser recriado, do zero. Hoje vivemos em plena era da informação, ou melhor, "era da informação digital", aonde o maior bem da sociedade é o conhecimento que ela produz, e esse conhecimento hoje em dia é armazenado digitalmente. Hoje é fácil para todos nós, cidadãos comuns, empresas e governos, criar e compartilhar o conhecimento online. Editar ou enviar uma música, filme ou livro é uma tarefa tão natural e simples para todos nós quanto é escrever um e-mail.
Os artistas devem, e merecem, ser remunerados pela sua produção artística. Mas, no mundo em que vivemos atualmente, o modelo de controle e de remuneração existente não funciona mais e precisa ser revisto e recriado, buscando uma solução que não penalize o artista e nem o fã.
O governo brasileiro, e em particular o Ministério da Cultura, tem uma iniciativa interessante de fomentar a discussão em torno da criação do anteprojeto para uma nova lei que altera a Lei de Direitos Autorais (Lei número 9.610/1998). O Ministério da Cultura criou um site para centralizar as discussões e permitir a consulta pública para revisão da lei atual de Direitos Autorais. O vídeo abaixo, curtinho, resume os principais aspectos da reforma e modernização da Lei do Direito Autoral.
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