De acordo com dois relatórios lançados pela RSA no início deste ano, essa situação não mudou - e ainda se espalhou pelo resto do mundo. Batizado de "Hiding in Plain Site: The Growth of Cybercrime in Social Media", a primeira parte do relatório apresenta uma introdução e descreve o uso das redes sociais (e, especialmente, o Facebook) por ciber criminosos em vários países, incluindo o Brasil e a América Latina. A segunda parte focou no uso de redes sociais na China e Rússia - justificável pelo porte dos dois países e também porque em cada um destes países existe uma uma rede social local que é utilizada pela grande a maioria das pessoas (em vez do Facebook).
Em um estudo de seis meses, a RSA descobriu mais de 500 grupos ativos em sites de redes sociais que eram dedicados a fraudes, com mais de 220.000 participantes de todo o mundo. O interessante é que a maioria destes grupos estão abertos para o público, e podem ser acessados facilmente. O Facebook liderou a quantidade de fóruns, representando cerca de 60% dos perfis estudados (aproximadamente 133.000 membros).
A pesquisa identificou que os tipos de informação que são compartilhadas abertamente em mídias sociais incluem informações financeiras (como números de cartão de crédito com PII e códigos de autorização), tutoriais para o crime cibernético, ferramentas de malware e serviços de saque de dinheiro e de “mula” (laranja). Sob um aspecto global, o roubo de cartão de crédito se destaca como a atividade de fraude mais popular entre os ciber criminosos, compreendendo 53% das postagens que a RSA observou.
A sensação de impunidade é tão grande que muitos dos participantes destes grupos utilizam seus perfis pessoais ao participar desses grupos - e, por isso, poderiam ser facilmente identificados e presos pelas autoridades.
Ao comentar sobre os ciber criminosos brasileiros, o relatório destaca algumas coisas que já sabemos: que o ciber crime brasileiro é muito focado internamente (ou seja, nossos fraudadores atacam apenas bancos nacionais) e também destaca que há pouca interação entre grupos brasileiros com grupos do resto da América Latina.
Para saber mais:
- Relatório "Hiding in Plain Site: The Growth of Cybercrime in Social Media - Part 1" (blog)
- Veja uma curta entrevista em vídeo sobre o assunto
- Artigo sobre o relatório.
Nenhum comentário:
Postar um comentário