Quanto o texto original está em inglês, uma outra forma muito importante de compartilhar o seu ensinamento é traduzi-lo e compartilhar essa tradução Afinal de contas, uma parcela muito grande da nossa população não tem domínio do idioma de Shakespeare, e a tradução é a melhor forma de repassar esse conhecimento em sua forma original.
Citar o texto original e seu autor é, acima de tudo, uma forma de respeito e gratidão pelo ensinamento que você acabou de receber. E, além do mais, mostra que você tem ótimas referências quando está falando de um determinado assunto. Como me lembrou muito bem o professor Nelson Brito, dar crédito ao trabalho original também pode evitar que você passe pro problemas legais devido a leis de copyright (por isso, também vale a pena você conferir qual é o copyright de um texto ou de um material, antes de compartilhá-lo).
Infelizmente, é muito comum encontrarmos quem prefere trilhar o caminho sombrio, de assumir para si a autoria do trabalho de outra pessoa. Isso é um problema universal: acontece em qualquer área do conhecimento, não apenas no nosso mundinho de tecnologia. Acontece com muita frequência em trabalhos acadêmicos, com livros e textos literários, em reportagens e artigos, no mundo musical, etc. O verbete da Wikipedia sobre Plágio traz um exemplo interessante de 1931 (ou seja, está aí um exemplo de que o plágio não é limitado ao mundo online e já existia muito antes de inventarem a Interne).
O nosso YouTuber favorito, o Fernando Mercês, fez um vídeo muito legal sobre esse assunto, o plágio:
Recentemente, tivemos um caso triste, aonde um colega da área compartilhou um artigo muito bom sobre as vulnerabilidades Meltdown e Spectre, inicialmente dizendo que era de sua autoria. Isso aconteceu no grupo público do Roadsec, no Telegram.
Pouco tempo depois o Professor Nelson Brito apontou a semelhança com outro artigo, mas na ocasião o autor insistiu que o texto era dele.
Mas basta comparar os dois textos lado a lado para ver a semelhança. Posteriormente, depois que essa discussão ganhou mais destaque, ele colocou uma nota no início do artigo dizendo que era uma tradução do original em inglês. E, depois que a notícia se espalhou, o artigo foi retirado do ar.
O que aprendemos com isso?
- Hoje em dia, é fácil identificar quando alguém toma para si a autoria do texto de outra pessoa (mesmo que se apodere só de uma parte do artigo original). A Internet, a mesma tecnologia que facilita o acesso a informação e facilita a vida do plagiador, também ajuda na identificação da real autoria de um texto;
- Se você quer compartilhar um conteúdo que gostou, há várias formas de fazer isso sem correr o risco de ser acusado de plágio.
- Copie e cole o texto, mas mantenha uma referência bem clara de quem foi o autor original. Cite a publicação, o autor e forneça o link ao material original. Exemplos:
- Em caso de tradução de um texto em outro idioma, continue com a regra acima, de manter uma indicação bem clara de qual foi o texto e o autor original. Veja esses exemplos:
- "Resoluções de Ano Novo: Como Fazer o que Você Ama"
- "Princípios de segurança para carros inteligentes"
- Você pode também escrever um artigo seu comentando o texto original, destacando os pontos que você gostou e incluindo a sua visão sobre o assunto. Veja esse exemplo:
- Escrever um artigo sobre o assunto, coletando e reunindo as diversas opiniões e informações sobre o tema, e citando as várias fontes que encontrou. Exemplos:
- Escreva um artigo seu, com a sua opinião e sua visão sobre o assunto. Se quiser referenciar algum outro artigo, site ou autor que te serviu de base ou consulta, faça. Exemplo:
Usar o trabalho de outras pessoas como base para um estudo ou uma pesquisa sua não é vergonha para ninguém, muito pelo contrário, é super normal e faz parte do processo de aprendizagem. O que é vergonhoso, e pode queimar a sua reputação no mercado, é se você se apropriar do material de outra pessoa, como se fosse seu.
OBS: Post atualizado em 10/01. Fiz algumas correções em 11/01.
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