agosto 30, 2018

[Segurança] Brasileiros são maiores vítimas de golpes phishing no mundo

Duas notícias recentes (essa e essa) mostram o Brasil como líder mundial em ataques de phishing. Embora contenham dados um pouco conflitantes entre si, ambas mostram informações interessantes.


Durante uma apresentação do pesquisador Fabio Assolini em um evento da empresa, ele destacou algumas estatísticas sobre ataques no mercado brasileiro:
  • Mais de 90% dos ciberataques começam por um email phishing;
  • Quase 30% dos internautas brasileiros sofreram ao menos uma tentativa de golpe no ano passado e 23% em 2018;
  • As pessoas abrem mensagens de golpe por curiosidade (14%), medo (13%) e senso de urgência (13%);
  • Quase 60% das mensagens de phishing simulam mensagens de instituições financeiras, com objetivo de roubar credenciais de acesso e dados dos usuários.
Ainda segundo a Kaspersky, os cibercriminosos tem diversificado os vetores de phishing: além dos emails, as mensagens também chegam por SMS, propaganda em redes sociais, anúncios no Google e até via WhatsApp.

O relatório "Spam and phishing in Q2 2018", por sua vez, traz dados globais sobre ciber ataques detectados pela Kaspersky no segundo trimestre de 2018. Os principais, alguns dos quais relacionados ao Brasil, são:
  • De Abril a Junho de 2018, as tecnologias antiphishing da Kaspersky Lab bloquearam mais de 107 milhões de tentativas de acesso a páginas de phishing em todo o mundo;
  • O Brasil foi o país com a maior parcela dos usuários atacados por golpes de phishing: 15,51% dos ataques totais. Em seguida, vieram China (14,44%), Geórgia (14,44%), Quirguistão (13,6%) e Rússia (13,27%);
  • 35,7% das páginas de phishing estavam relacionadas a serviços financeiros e 13,83% dos ataques foram voltados às empresas de tecnologia;
  • Dos serviços financeiros, 21,1% dos ataques foras relacionados a bancos, 8,17% a lojas virtuais e 6,43% a sistemas de pagamento;
  • Mensagens de SPAM representaram 50% do tráfego de e-mail mundial;
  • A China foi a maior fonte de spam (22,62%), seguida os EUA (14,36%) e a Alemanha (12,11%). Na América Latina, o Brasil liderou o envio de SPAM, ocupando a 7ª posição mundial, com 3,88% do tráfego mundial, seguido pelo México (18ª posição) e Colômbia (20ª posição).
Um destaque interessante nesse relatório é que eles apontaram como tendência o surgimento de novos phishings com tema inspirado na nova regulamentação de proteção de dados (GDPR).

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