março 31, 2022

[Cidadania] Dia Internacional da Visibilidade Transgênero

O que você faria se te dissessem que sua expectativa de vida é de apenas 35 anos? Ou seja, que sonhos e perspectivas você poderia ter se soubesse que provavelmente você não completaria essa idade?

Segundo dados da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), a expectativa de mulher transgênera ou travesti no Brasil é de apenas 35 anos, número que representa menos da metade da média nacional, que é de 76 anos.

Hoje, 31 de Março, é celebrado o Dia Internacional da Visibilidade Transgênero, uma data que foi instituída para dar visibilidade às conquistas da população de Transexuais, Travestis e pessoas Não-Binárias, mas também conscientizar a sociedade sobre a discriminação enfrentada por elas e reforçar a importância da luta por seus direitos.


Essa data é celebrada nos EUA desde 2009. Aqui no Brasil ela também é celebrada em 29 de Janeiro, pois nesta data em 2004 um grupo de ativistas transgêneros foi ao Congresso Nacional se manifestar em favor da campanha "Travesti e Respeito", em um histórico ato político em favor do respeito a diversidade de identidade de gênero no Brasil.

É muito importante (e urgente) promover o respeito a essa população e promover a defesa dos direitos dessa comunidade, que é marginalizada pela nossa sociedade e vítima constante de preconceito e violência!

O problema não se limita as piadas transfóbicas e ao desrespeito aos pronomes, aos nomes sociais e às identidades de gênero das pessoas trans. É bem pior: o Brasil é o país onde mais pessoas trans são assassinadas no mundo - e o que é pior, é fácil encontrar relatos de mortes com requintes de crueldade. No ano de 2021, ocorreram pelo menos 140 assassinatos de pessoas trans, sendo 135 travestis e mulheres transexuais, e 5 casos de homens trans e pessoas transmasculinas.

A inserção do público trans no mercado de trabalho também enfrenta muitos desafios. Infelizmente, no Brasil, 90% da população transexual e travesti tem a prostituição como fonte de renda e possibilidade de subsistência, pela simples falta de opção. O preconceito também causa uma alta evasão escolar: 72% das trans não concluiu o ensino médio.

O que devemos fazer, então?
  • Jamais compartilhar piadas sobre a população trans;
  • Se você conhece alguma pessoa trans, trate ela corretamente, usando o pronome certo, relacionado a sua identidade de gênero;
  • Respeito, sempre!
  • Se informe. Você pode começar com essas cartilhas;
  • Que tal conhecer algumas iniciativas de apoio e inserção das pessoas trans no mercado de trabalho?
Para saber mais:







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