O atentado ocorreu no sábado dia 14 de setembro, nas instalações da empresa Saudi Aramco em Abqaiq e Khurais, no leste da Arábia Saudita. Detalhe: a usina de Abqaiq é a maior do mundo, capaz de processar 7 milhões de barris de óleo por dia! O ataque foi reivindicado pelos rebeldes Houthis no Iêmen (que tm suporte do Irã). Não é a toa que os Estados Unidos, diversos países europeus e a Arábia Saudita argumentam que o Irã por trás do incidente - mas o país rejeita categoricamente seu envolvimento.
As primeiras notícias diziam que o ataque foi realizado por 10 drones, mas segundo o Ministério da Defesa da Arábia Saudita, 18 drones e sete mísseis foram disparados contra o país. De uma coisa não se tem dúvida: foi um ataque cirúrgico, com os alvos atingidos de forma precisa.
Segundo investigadores da ONU, o drone utilizado, modelo UAV-X, tem autonomia de vôo de até 1.500 Km e capacidade de voar a uma velocidade de até 250 km/h, carregando até 18 kilos de explosivos. Os drones conseguem voar a baixas alturas e são praticamente indetectáveis por radar. Enquanto um drone desse pode custar algumas dezenas de milhares de dólares, um único míssel Patriot, que poderia ser utilizado pelos EUA para derrubá-lo, custa cerca de 1 milhão de dólares!
O ataque na Saudi Aramco traz duas lições: as tecnologias atuais de defesa não estão preparadas para essa nova ameaça, e podemos estar vivenciando o surgimento de uma nova estratégia de ataque: os "drones suicidas", ou "kamikazes".
Aqui no Brasil, nossas autoridades policiais já tiveram que lidar com a ameaça dos drones, usados para entregar drogas, celulares e outras mercadorias nos presídios. E agora, será que as empresas também devem que se preocupar com ataques terroristas de drones?
PS (Adicionado em 27/09): Não só terroristas podem usar drones. Nos EUA, um homem foi preso pelo FBI após usoar um drone para jogar explosivos sobre a casa da ex-namorada. Há poucos meses atrás, aqui no Brasil, viralizou nas redes sociais um vídeo em que uma pessoa usou um drone, com fogos de artifício amarrados nele, para dispersar o pessoal em um churrasco perto de sua casa.
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