Agora que estamos chegando ao final do período de crise econômica causado pela pandemia do novo Coronavírus, a busca por empréstimos cresceu, motivada por famílias que sofreram com o aumento no desemprego e aumento do endividamento nesse período de vacas magras. Segundo uma pesquisa da Serasa, 8 em cada 10 brasileiros recorreram a empréstimos durante a pandemia do Covid-19.
Com o crescimento da demanda por empréstimos pessoais, os fraudadores se aproveitam para aplicar diversos golpes relacionados a concessão de crédito, muitas vezes utilizando sites falsos ou perfis fakes em redes sociais para enganar suas vítimas com promessas de empréstimos vantajosos.
Uma prática muito comum consiste em pedir um valor antecipado para a vítima, que transfere o dinheiro para o criminoso e nunca mais recebe contato do mesmo.
Normalmente usam a desculpa de ser uma taxa para liberação do empréstimo, ou dizem ser uma comissão, pagamento de imposto ou seguro. Se a vítima estiver negativada, ou seja, tem seu CPF cadastrado em sites de proteção de crédito, é comum ver casos em que os criminosos também aproveitam para solicitar uma taxa extra para liberar o empréstimo, ou podem até mesmo prometer "cancelar o cadastro negativo". A vítima, desesperada, acaba acreditando na falsa promessa e paga as taxas pedidas pelos criminosos.
Segundo determinação do Banco Central, qualquer taxa ou valor cobrado do cliente que tomou crédito deve ser embutido nas parcelas, e nunca cobrado antecipadamente. #ficaadica
Há pouco que possamos fazer para prevenir esse golpe, pois ele é baseado estritamente na engenharia social que ocorre no contato direto entre o fraudador e a vítima. E, nessa hora, os fraudadores são muito criativos e sabem como se aproveitar desse momento de vulnerabilidade das vítimas.
Há pouco que possamos fazer para prevenir esse golpe, pois ele é baseado estritamente na engenharia social que ocorre no contato direto entre o fraudador e a vítima. E, nessa hora, os fraudadores são muito criativos e sabem como se aproveitar desse momento de vulnerabilidade das vítimas.
Veja algumas dicas que eu separei:
- Use sempre os canais oficiais de bancos conhecidos e, ao solicitar empréstimo ao banco, use o app ou o numero da central de atendimento;
- Desconfie se receber contato de estranhos oferecendo crédito;
- Desconfie de ofertas muito vantajosas, com taxas de juros muito abaixo do mercado, sem restrições, etc;
- Se você não estiver falando diretamente com um banco conhecido, pesquise se a empresa existe, visite o seu site e busque por ela no site do Banco Central. Verifique a reputação dela em sites de reclamações, como o Reclame Aqui;
- Desconfie se, na troca de mensagens com o representante da financeira, tiver erros de digitação, erros de português e se a pessoa mandar mensagens fora do horário comercial;
- Desconfie se a pessoa com quem você está falando pedir adiantamento de valores, seja taxa, comissão, seguro, etc. Nunca pague valores adiantados para liberação do crédito!
- Se, mesmo assim, você aceitar pagar uma taxa para receber o empréstimo prometido, verifique cuidadosamente os dados da conta de destino, se realmente é uma conta PJ do banco ou financiadora com quem você está falando. Fuja se for uma conta de pessoa física!
Para saber mais:
- Reportagem do Fantástico: Entenda como funciona o golpe do falso empréstimo, que roubou mais de R$ 30 milhões de vítimas
- Golpe do falso empréstimo se espalha na internet; veja 10 dicas para se proteger
- Aqui no blog: Golpes do empréstimo consignado
- 7 dicas para não cair no golpe do empréstimo falso (Serasa)
- Golpe do empréstimo falso: como não cair? (BV)
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