"Let me be clear: I’m proud to be gay, and I consider being gay among the greatest gifts God has given me"
Tim Cook assumiu a presidência da Apple em Agosto de 2011, quando Steve Jobs se afastou para cuidar de seu tratamento médico. Após a morte de Steve Jobs, Tim Cook continuou presidindo a compania.
O fato dele ser gay nunca foi um segredo, como mostra este artigo de 2011 e o artigo da Gizmodo em 2011 sobre o ranking dos Mais Influentes Gays e Lésbicas da América. Por isso, a grande reverberação que esta notícia causou na imprensa não deixa de ser surpreendente. Porque, afinal, dar destaque a uma notícia que não deveria ser novidade para ninguém ou que no mínimo, em nada muda a importância do Tim Cook e da Apple?
Talvez a resposta esteja no fato de que nossa sociedade espera que os grandes líderes sejam homens, brancos, heterossexuais e católicos. As poucas excessões para esse padrão, quando surgem, são tratados como atração turística - ou pior, como prova de uma suposta igualdade que não existe.
Afinal de contas, se as mulheres já sofrem preconceito na área de tecnologia, o que esperar do tratamento direcionado aos homossexuais? Certamente não é melhor.
Uma pesquisa da Human Rights Campaign Foundation aponta as principais razões para alguém não assumir sua sexualidade abertamente no ambiente de trabalho, tais como:
- Causar desconforto entre os colegas de trabalho (38%)
- Possibilidade de ser estereotipado (36%)
- Possibilidade de perder contato com colegas de trabalho (31%)
- Receio de não ser considerado para promoções ou oportunidades de desenvolvimento (23%)
Tim Cook recentemente fez um discurso no Alabama, em que ele denunciou a história de seu estado natal em desrespeitar os direitos humanos de afro-descendentes, lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros.
No estado do Alabama, aonde Tim Cook foi criado, as pessoas podem ser demitidas por causa de sua orientação sexual. E o casamento inter-racial (entre brancos e afrodescendentes) só foi permitido há 14 anos atrás.
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