Mas, segundo uma reportagem da Bloomberg, dois anos antes um ciber ataque conseguiu causar uma grande explosão em um oleoduto na Turquia.
O ano foi 2008. O alvo foi o oleoduto Baku-Tbilisi-Ceyhan, que atravessa a Turquia, interligando o Mar Caspio com o Mar Mediterrâneo, e passando pelo Azerbajão e pela Georgia. O oleoduto tinha sensores e câmeras de monitoramento em toda sua extensão, de 1.099 milhas (cerca de 1.700 kilômetros).
O ciber ataque que causou uma explosão ainda é mantido em segredo, mas segundo a reportagem da Bloomberg, os atacantes obtiveram acesso aos sistemas através de vulnerabilidades no software de comunicação das câmeras de vigilância, e assim tiveram acesso a rede da empresa e conseguiram infectar com malware o servidor Windows que gerenciava a rede de alarmes. Assim, eles conseguiram desativar os alarmes, cortar as comunicações e aumentar a pressão de óleo para provocar a explosão.
No caso do ataque ao oleoduto, o principal suspeito é a Russia, por causa das disputas políticas e energéticas na região. Três dias depois da explosão, a Rússia iniciou a guerra contra a Georgia e jatos soviéticos bombardearam a cidade de Rustavi, na Geórgia, próximo a região aonde passa o oleoduto.
PS (Adicionado em 09/04/21): Essa tese do Mohan B. Gazula M.S. em Computer Science da Boston University, apresentada em 2017 no MIT, traz uma visão dos principais conflitos de guerra cibernética que já aconteceram: "Cyber Warfare Conflict Analysis and Case Studies".
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