Um dos principais pilares da cultura hacker é o conhecimento, não importando quem você seja: homem ou mulher, branco ou negro, gordo ou magro, jovem ou velho, etc. Por tabela, outro pilar fundamental é a sua capacidade e disponibilidade de compartilhar o conhecimento.
Por ser uma comunidade meritocrática, ou seja, a pessoa é mais valorizada pelo seu conhecimento, fatores como cor, sexo, raça não deveriam ser considerados relevantes na aceitação e respeito aos participantes da comunidade.
De fato, o famoso Manifesto Hacker publicado pelo The Mentor na Phrack em 1986, e que é um documento tão fundamental na história e na construção da identidade da nossa comunidade, diz que...
We seek after knowledge... and you call us criminals. We exist without skin color, without nationality, without religious bias... and you call us criminals.Sim, na comunidade hacker, o conhecimento é o que importa!
(...)
My crime is that of judging people by what they say and think, not what they look like.
Infelizmente, a teoria não é suficiente para sobrepujar a realidade de uma sociedade machista em que vivemos, e é comum ouvirmos relatos de pessoas sendo desrespeitadas e não se sentindo acolhidas na comunidade. Uma estimativa do ISC2, que eu pessoalmente considero muito otimista, aponta que as mulheres representam apenas 1/4 (24%) dos profissionais de segurança, e certamente são a grande minoria nos eventos da área.
Basta olhar para os seus colegas de profissão, e facilmente você notará que a maioria é formada por homens brancos.
Já passou da hora de tirar os ideais de meritocracia do papel e praticarmos a diversidade no mundo real, acolhendo e respeitando todas pessoas independente de quem sejam. Mulheres, negros, gays, trans e pessoas de todas as classes merecem o seu lugar na comunidade.
É importante que todos nós apoiemos as diversas iniciativas e comunidades que fomentam a inclusão e a diversidade no mercado de tecnologia.
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