Uma reportagem do Jornal Nacional de 29/08 e uma similar no G1 em 29/07 já descrevem esse novo golpe. Embora a reportagem indique que o novo golpe está focado em médicos e dentistas, eu já ouvi relato desse golpe aplicado a executivos de uma empresa.
Nessa nova modalidade, em vez de roubar a conta de uma pessoa, os fraudadores criam um perfil falso no WhatsApp, usando um novo número telefônico, mas com a foto de perfil original da vítima. Assim, os criminosos entram em contado com os conhecidos da vítima, dizendo que estão com um celular novo. Após conseguir a atenção e a conquistar a confiança, eles pedem dinheiro emprestado ou pedem que a pessoa pague uma conta pendente, enviando um boleto para seu contato. Normalmente alegam que precisam de ajuda para pagar as despesas pois o limite de pagamentos de seu banco foi excedido.
Nessa nova modalidade, em vez de roubar a conta de uma pessoa, os fraudadores criam um perfil falso no WhatsApp, usando um novo número telefônico, mas com a foto de perfil original da vítima. Assim, os criminosos entram em contado com os conhecidos da vítima, dizendo que estão com um celular novo. Após conseguir a atenção e a conquistar a confiança, eles pedem dinheiro emprestado ou pedem que a pessoa pague uma conta pendente, enviando um boleto para seu contato. Normalmente alegam que precisam de ajuda para pagar as despesas pois o limite de pagamentos de seu banco foi excedido.
Apesar das notícias no G1 falarem explicitamente do golpe contra médicos e dentistas, eu acredito que essa variação do golpe pode ser direcionada a qualquer pessoa ou categoria profissional: eles escolhem alguma vítima que mapearam anteriormente e colocam a foto dela em um whats novo. Isso é muito fácil fazer: se você clonar o WhatsApp de uma vítima “A”, o fraudador pode mapear um grupo com muitos integrantes e escolher uma vítima “B” desse grupo. A seguir, continuam a fraude impersonando o sujeito “B”, sem precisar clonar a linha dessa pessoa.
O golpe do WhatsApp é uma verdadeira praga no Brasil, e muito lucrativo para os criminosos. Há relatos, por exemplo, de que criminosos conseguem ganhar até 6 mil reais em 2 dias. Segundo estimativas da Psafe divulgadas no mês passado, os golpes de clonagem do WhatsApp fizeram mais de 3 milhões de vítimas em 2020.
Hoje, 04/09, a Polícia Civil realizou a Operação Data Broker, que identificou e prendeu uma quadrilha especializada nesse tipo de golpe utilizando o WhatsApp. Segundo as investigações, os criminosos criavam perfis fakes no WhatsApp, usando fotos e a identificação de médicos, dentistas, promotores de justiça e juízes, e enviavam mensagens para os seus familiares próximos. Após a troca de algumas mensagens amistosas, o criminoso solicitava o depósito de valores em contas de terceiros. O acesso às informações dos parentes da vítima era realizado por meio de bancos de dados ilegais disponibilizados na Internet e sites de venda ilegal de dados por meio dos quais buscavam os números telefônicos de pessoas próximas da vítima. A juíza responsável pelo caso determinou o bloqueio e exclusão de 8 sites de venda ilegal de dados. Os criminosos conseguiram arrecadar R$ 500 mil com esses golpes.
Para saber mais:
- Aqui no blog: Ataque do momento: O golpe do WhatsApp
- Jornal Nacional: Golpe por aplicativo de mensagens provoca prejuízos para parentes e amigos de médicos
- Médicos e dentistas são alvo de golpe aplicado pelo WhatsApp, alerta polícia
- Operação Data Broker: Polícia Civil cumpre mandados contra organização criminosa suspeita de aplicar golpes por aplicativos de comunicação
- Criminosos usam fotos de redes sociais para aplicar golpes no WhatsApp
- Tentativa de golpe por WhatsApp é registrada e viraliza na internet; ouça
- Em áudio, criminoso diz ganhar R$ 6 mil em 2 dias com golpe do WhatsApp
- Procon de São Paulo alerta para golpe que faz clonagem do WhatsApp
- Golpe do WhatsApp: o que fazer?
- Golpe do WhatsApp: veja o que fazer para evitar que o app seja clonado
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