Mas na semana passada vimos alguns exemplos de países democráticos com dificuldade de respeitar a liberdade e a privacidade online:
- Como era esperado por todos, os EUA condenaram Bradley Manning por vazar informações do governo americano através do Wikileaks, incluindo provas de crimes de guerra. A única notícia boa é que Mannig foi considerado inocente no pior dos crimes dos quais era acusado, o de "ajudar o inimigo".
- Os EUA não gostaram nada de saber que Edward Snowden conseguiu asilo político na Rússia. Ele está sendo perseguido pelo governo americano por revelar que a NSA vigiava indiscriminadamente diversos serviços online.
- O FBI é suspeito de utilizar uma vulnerabilidade no Firefox para identificar usuários da rede TOR
- Lavabit, um provedor de e-mail "seguro" e aparentemente utilizado por Snowden, fechou devido a pressão do governo americano.
- O Silent Mail, outra empresa que fornecia e-mail seguro (criptografado através de PGP), também decidiu encerrar os seus serviços.
- Aqui no Brasil, em um ato de total desrespeito a privacidade dos Brasileiros, o TSE concedeu acesso a toda a base de dados de eleitores para a Serasa. Como se isso já não bastasse, em troca de repassar informações cadastrais de 141 milhões de brasileiros para a Serasa por 5 anos, o TSE ganhou do Serasa 1000 certificados digitais válidos por 2 anos (sendo que cada um vale R$ 128,00). Ou seja, para o TSE, a privacidade de todos os brasileiros vale míseros R$ 128 mil. Felizmente, a Presidente do TSE anulou o convênio por conta de toda a polêmica que foi criada.
Tudo indica que vivemos tempos sombrios, onde a maior potência do planeta se junta ao time de países que não respeitam o direito a privacidade e a liberdade de expressão no mundo online.
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