agosto 20, 2013

[Cyber Cultura] Vídeo-game é culpado no caso do garoto que matou a família. WTF!?!?!?

É sempre assim. Basta algum jovem estar envolvido em um caso de assassinato e a imprensa adora botar a culpa nos vídeo games.

Afinal...
O que mais falta acontecer?
  • Milhares de pessoas largam as cidades e viram fazendeiros depois de jogar Farm Ville !?
  • Maioria dos adolecentes de hoje vão largar os estudos para montar bandas de rock depois de jogarem Rock Band?
A psicóloga Ana Luiza Mano (que já deu palestra na BSidesSP) deu duas entrevistas excelentes sobre o assunto recentemente, em que destacou que os jogos são incapazes de criar qualquer tipo de comportamento violento em uma pessoa. Na verdade, cada pessoa tem seu jeito de reagir a diversas situações de violência no mundo real, e não é o jogo que vai influenciar isso.






Mesmo que nos preocupemos com a influência de jogos no processo de formação da personalidade de uma criança, os pais sempre tem a maior parcela de responsabilidade pela educação dos filhos. Não importa se o seu filho está brincando de polícia e bandido na rua ou no video-game, ele sempre tem que ser acompanhado pelos pais e qualquer tipo de brincadeira violenta (no mundo real ou virtual) deve ser seguida por muita conversa e apoio dos pais, explicando o que é certo e o que é errado. E, ao contrário do que acontece muito hoje em dia, video-game não serve só para distrair o filho e ganhar horas de sossego. É uma diversão que, como qualquer outra, deve ser acompanhada, monitorada e balanceada dentro de uma rotina saudável.

Há quantos anos (ou séculos) as crianças não brincam de polícia, ou de guerra? E isso não gerou uma sociedade violenta...

O interessante é que a imprensa já está correndo em culpar os jogos pelo assassinato recente, sem considerar o fato de que o caso ainda merece investigações pois ainda tem muitos detalhes estranhos e mal  explicados. Sem falar que os pais do adolescente eram PMs e, além de terem ensinado o jovem a atirar, com certeza eles teriam muito mais possibilidade de influenciar negativamente o jovem (por conta da rotina estressante dos PMs) do que qualquer outro jogo. Por mais que os games tivessem muita violência, sangue e mortes, o dia-a-dia de um PM da Rota tem coisa bem pior...

Mas, enfim, culpar os videogames é fácil e gera IBOPE, né?

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