Mas eu lamento dizer: os Ransomwares não tem nada de novo.
Esta praga existe há vários anos - desde 2005 segundo a Trendmicro e a Symantec (ano da primeira onda de ransomwares modernos, com o surgimento do Trojan.Gpcoder). Em 2013 (três anos atrás) surgiu o “CryptoLocker”, o primeiro Ransomware que criptografava os arquivos locais das vítimas.
O pessoal do portal CSO Online fez um slideshow com a história do Ransomware, desde o primeiro caso conhecido, o trojan AIDS de 1989, passando pelo surgimento do Cryptolocker em 2013 e chegando até os dias atuais.
Os Ransomwares representam 1 em cada 20 ataques de códigos maliciosos (trojans, vírus, etc), e o valor médio exigido das vítimas é de US$ 300.
A única novidade, se é que podemos chamar assim, é que me parece que tivemos um volume recorde de ataques de ransonware no BRasil este ano. Não digo por causa de estatísticas, mas por ver tantas histórias e tanta gente pedindo ajuda por aí. Mas isso não significa que o ciber criminoso brasileiro está fazendo Ransomwares - muito pelo contrário, eles continuam ganhando muito dinheiro com fraudes bancárias. Os casos de usuários brasileiros infectados existem porque eles foram infectados por Ransomwares feitos e controlados por ciber criminosos lá fora. Eles foram infectados acidentalmente, ou seja, não eram o alvo específico de tais gangs.
Para ajudar pessoas e empresas a combaterem infecções de Ransomwares, o European Cybercrime Center da Europol e a polícia holandesa (através do National High Tech Crime Unit), em conjunto com as empresas Kaspersky Lab e Intel Security lançaram o portal "No More Ransom" (NoMoreRansom.org).
Para saber mais:
- NoRansom, lista de ferramentas gratuitas da Kaspersky para descriptografar arquivos
- Artigo da Trend Micro: "Ransomware: Porque você não deve pagar pelo resgate"
- 4 Ways to Protect Against the Very Real Threat of Ransomware
- "List of free Ransomware Decryptor Tools to unlock files"
- Paper da Symantec: "The evolution of ransomware"
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