outubro 22, 2020

[Cyber Cultura] Comentando sobre o Dilema das Redes

Na semana passada eu participei de um Meetup junto com o Nelson Novaes Neto para discutir sobre o documentário O Dilema das Redes (The Social Dilema), da Netflix.

Eu comentei sobre esse filme aqui no blog, mas devido a relevância do tema, achei legal compartilhar abaixo o vídeo do bate-papo e também compartilhar alguns comentários adicionais.



Para nós que trabalhamos com tecnologia, o documentário não traz grandes novidades. Nós conhecemos o mercado e sabemos do modelo de negócio das redes sociais, baseado em reter a atenção e obter o máximo de informações da maior quantidade de pessoas possível. Estamos conscientes de todo esse jogo de interesses e da disputa pela audiência e pelo tempo de vida dos internautas que o documentário mostra.

A vantagem, entretando, é que o documentário é bem didático e direcionado para o público leigo. Ele mostra o problema do uso das redes sociais de forma bem clara, com uma linguagem simples e lúdica, fundamentado com depoimentos de profissionais da indústria. Também traz exemplos baseados na dramatização do que acontece nas empresas e o impacto nos usuários em consequência do uso diário das redes sociais. Por isso, eu recomendo a todos os profissionais que assistam o filme ao lado de parentes e amigos que não trabalham na área. Assim podemos ver. reação deles e também ajudar nessa discussão sobre o impacto das redes sociais e aplicativos de comunicação na nossa vida, do vício que eles causam, e como eles afetam a nossa capacidade de interação com outras pessoas.

Um ponto interessante a discutir é como o isolamento social, imposto pela pandemia do novo Coronavírus, tem aumentado a nossa dependência das redes sociais e aplicativos de comunicação instantânea. Com a quarentena e o isolamento social, as redes sociais e aplicativos de comunicação se tornaram nossa única forma de comunicação com parentes, amigos e colegas de trabalho. Festas de aniversário e happy hours começaram a ser realizados por videoconferência, por exemplo. Consequentemente, o uso aumentou estratosfericamente e a nossa dependência das redes sociais também aumentou, e muito. Praticamente trocamos todas as interações pessoais e sociais do mundo físico para o mundo virtual.

Até pouco tempo atrás, antes da pandemia, era comum discutirmos  criticarmos quando víamos os jovens conectados por muito temp passando horas pendurados nos celulares, em aplicativos de mensagens e jogos online. Agora eu tenho impressão que esse criticismo sumiu, pois afinal, estamos todos na mesma situação (adultos analógicos e jovens digitais), com os nossos rostos colados nas telas dos celulares.

Nesse cenário de crescente dependência, a discussão sobre o vício no uso das redes sociais se torna mais urgente do que nunca.

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